(Da Redação, 1º de Outubro de 2009) A Boeing divulgou ontem os detalhes de sua proposta final para o Programa F-X2 da Forço Aéreo Brasileira (FAB), cujo novo prazo termina amanhã, 2 de outubro. Segundo a fabricante do Super Hornet, “o Programa de Transferência de Tecnologia do governo dos Estados Unidos/Boeing para o programa brasileiro F-X2 abre a porta para a cooperação e desenvolvimento entre os dois principais poderes aeroespaciais do mundo – o Brasil e os Estados Unidos”. Detalhando este, a Boeing explicitou os itens do pacote de transferência de tecnologia cobre três áreas distintas:
1) As avançadas tecnologias encontradas no Super Hornet;
2) Tecnologias que apóiam os objetivos brasileiros quanto à autonomia nacional, e
3) Tecnologias que promoverão, de forma global, o desenvolvimento econômico brasileiro.
A Boeing já se comprometeu com a FAB e a indústria brasileira para o desenvolvimento de parcerias que fortalecerão a todos dentro de um ambiente competitivo; e a fabricante estima que, caso fossem criadas de forma independente, essas tecnologias exigiriam investimentos de US$ 1,5 bilhões. Por outro lado, o valor dessas tecnologias cresce ao passo que a indústria brasileira os desenvolva em produtos comercializáveis.
Ainda, segundo a fabricante norte-americana, “as avançadas tecnologias empregadas no Super Hornet representam uma categoria à parte. Essas tecnologias dão vantagem ao Super Hornet no ambiente de combate, e serviços de apoio e manutenção superiores em tempos de paz”. E entre estas, são destacadas: o radar AESA APG-79; sistemas integrados de contramedidas de guerra e defesa eletrônicos; célula de versatilidade comprovada nos mais variados ambientes do mundo; avançada arquitetura de computação; rede de conectividade digital; confiabilidade e capacidade de sobrevivência típicas de aeronave birreator; tecnologias eletro-óticas e infravermelhas de detecção de longo alcance; materiais avançados para estrutura da célula; integração multi-origem de sensores e cabine do piloto; avançada suíte de sistemas de mísseis; e assinatura radar reduzida. “Ademais, ao manter comunalidade com os Super Hornet dos Estados Unidos, o Brasil se beneficiará diretamente do roteiro de desenvolvimento que visa manter o Super Hornet sempre à frente das ameaças ora em evolução – um programa cujo valor é de bilhões de dólares.” Este processo contínuo de aperfeiçoamento incluiria, por exemplo:
- Modernização da integração de sensores AESA, FLIR e sistemas de designação de alvos;
- Modernização dos sistemas de comunicação e de rede; e
- Integração de novas armas.
Além disso, segundo o documento da Boeing, o apoio e manutenção do Super Hornet serão realizados no Brasil, e a tecnologia destes trabalhos transferida à FAB e à indústria brasileira. Além disso, haverá acesso ao Programa Operacional de Vôo da aeronave, que faz interface com os softwares dos subsistemas desenvolvidos no Brasil.
Outras vantagens para o Brasil seriam as possibilidades de pesquisa do campo de aerodinâmica supersônica através do fornecimento ao Brasil de um túnel de vento tri-sônico; o papel de liderança, no Brasil, na integração multifase dos sistemas de armas brasileiros; a montagem final, serviços de pista e ensaios de recebimento dos Super Hornets no Brasil; as operações de ensaios em voo no Brasil através de aeronave instrumentada; estabelecimento de um centro de modelagem e simulação; manuais técnicos eletrônicos integrados; montagem local do motor, inspeção, ensaios e ferramental; treinamento de minimização da assinatura de radar e tecnologias stealth (furtividade); - Co-desenvolvimento das modificações destinadas ao Super Hornet; e geração do arquivo de dados de ameaças.
Por fim, em termos de ganhos de desenvolvimento econômico para o Brasil, a Boeing destaca certas áreas: tecnologias de usinagem; estabelecimento de um Centro Boeing de Capacidade Integrada para focalizar a evolução da próxima geração de tecnologias; apoio e co-desenvolvimento do KC-390 no que diz respeito às áreas críticas de projeto; tecnologia de materiais avançados e sua fabricação; tecnologia de análise e reparo de danos em materiais compostos; fabricação de material eletrônico; microssistemas eletro-mecânicos; tecnologia de veículos aéreos não-tripulados (UAV); tecnologias de segurança interna para avaliar infraestruturas críticas no Brasil; tecnologia de gerenciamento de estoque através de sistemas automatizados de rastreamento e resposta; e desenvolvimento e treinamento de currículo aeroespacial.
De acordo com a Boeing, “as tecnologias descritas fazem parte do contrato direto, governo a governo, aprovado pela Marinha, Departamento de Defesa, Departamento de Estado e Congresso dos Estados Unidos. O governo brasileiro poderá contar com alto grau de confiança de que as tecnologias acima descritas, que derivam da proposta de offsets da Boeing, cumprirão os requisitos e prazos da FAB”. Por fim, os norte-americanos, no documento, ressaltam que “a Boeing e seus principais fornecedores anualmente registram receita que se aproxima da marca de US$ 500 bilhões. Este mercado (que compreende defesa e comercial) dos Estados Unidos é 10 a 100 vezes maior que aqueles em que atuam seus competidores. A escolha da solução Boeing/Estados Unidos para o programa F-X2 torna esse mercado mais accessível – promovendo assim receita, crescimento e empregos em grau que competidores não conseguem igualar”.
Fonte: Revista Asas
Boeing divulga proposta final para o F-X2
Re: Boeing divulga proposta final para o F-X2
Caramba! Somos maiores que os russos na área aeroespacial!!!!saraiva wrote: “o Programa de Transferência de Tecnologia do governo dos Estados Unidos/Boeing para o programa brasileiro F-X2 abre a porta para a cooperação e desenvolvimento entre os dois principais poderes aeroespaciais do mundo – o Brasil e os Estados Unidos”.

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As duas Maiores Potências Aeroespaciais? Por mim a Boeing perderia uns pontinhos por essa ironia escrota


O Crosseta sempre diz isso para os clientes dele!07_Phantom wrote:O cliente na hora da compra é sempre o mais limpinho e cheiroso UAUhaHaUhUA



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É o Brasil pode não ter a tecnologia necessária,
mas não se esqueçam que tem Alcântara, uma
base cobiçada por estar próxima da linha do
equador, e que já foi pretendida pelos Estados
Unidos...
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Senta a Pua!
"O essencial faz a vida valer a pena" (Miguel Villar)
"O dedo aponta a lua. O sábio olha a lua. O tolo olha o dedo". (Ditado Zen)
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