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Posted: 29 Apr 2009 00:46
by 17_Vulture
Mas cara, a lógica da asa fixa na Marinha é pra projeção de ataque e defesa da frota.

Bases exclusivamente em terra seriam pra patrulha/proteção do litoral, e isto é atribuição da Força Aérea...

Vá lá que eu, particularmente, acho que a patrulha do litoral deveria ficar a cargo da MB (os EUA, p.ex., operam assim, os P-3 são da Navy, não da USAF; os Poseidon serão todos da Navy), mas essa é a configuração atual no Brasil.

Sobre a solução argentina, acho, que a Armada só jogou os aviões pra bases em terra quando aposentou o Veinticinco de Mayo. Imagino que tenha sido uma solução temporária, enquanto aguardavam um novo PA que nunca chegou.

A pergunta é, essa solução temporária seria adequada ao Brasil?

Me parece que não. A Marinha ainda tem o que aprender com as aeronaves que tem hoje (e eventualmente com os Super Tucanos) antes de valer a pena pensar em uma aeronave de ponta. E esta, quando vier, poderá já junto com o A-13 (amém). Por "junto", quero dizer ao mesmo tempo, não necessariamente parte do mesmo pacote. E se não tivermos um PA, não tem sentido a Marinha ter aeronaves pra ataque ou defesa da frota.

Posted: 29 Apr 2009 10:07
by wolfxx
Bom o interessante é que se a FAB optar pelo F-18 ou Rafale no FX-2, a MB poderá optar pela versão naval dessas aeronaves no futuro, o que facilitará muito a logística.
Uma dúvida: Como são selecionados os aviadores da MB? vem da FAB?

Posted: 29 Apr 2009 10:30
by 17_Vulture
Não, a MB tem quadros próprios pra isso. Os primeiros foram inclusive treinados nos EUA, dada a falta de estrutura no país pra isso.

Mas já ouvi falar que as três forças caminham pra ter uma formação base comum. Aí os pilotos de cada uma delas fariam de diferente só o que fosse específico.

Posted: 29 Apr 2009 16:06
by WTFAB
Bem sobre um certo ponto o Vulture está certo, concordo nesta parte de aprender com os atuais vetores utlizados.

E sobre o treinamento, sei que o básico eles voam por um certo período o T-25 na AFA.

Abs

Posted: 01 May 2009 12:09
by 41_Tche-Loko
Eu vejo que o principal motivo é o suprimento de peças.
As 3 forças caminham para a unificação dos equipamentos avionicos,
onde permite grande compras por um preço mais acessível além de uma adaptação dos pilotos mais rápida.
Acredito que daqui alguns anos vai ter um orgão central de compra de suprimento,
integrando a marinha o exercito e aeronáutica.

Posted: 28 May 2009 15:40
by Assis
17_Vulture wrote:
WTFAB wrote:Modernizar ? ... Meu Deus ...
Você não tava esperando que, do nada, a MB resolvesse comprar novos vetores, mais avançados, né?

A modernização é, sim, uma ótima solução para os Skyhawks. Na verdade, a utilização deles pela MB já dá sinais de reentrar nos eixos, depois da mudança no prestador dos serviços de manutenção dos motores (argentinos :P).

Essa modernização, com equipamento israelense, vai levar nossos A-4 a um nível substancialmente melhor, provavelmente dotá-los de armamento anti-navio decente e manter os aviadores navais não só voando, como também se preparando para os futuros vetores, tanto em equipamentos, como em doutrinas de ataque.
E mais um se junta ao bloco dos “Fuscões 1972″ envenenados: já vão instalar “kadron”, rebaixar a suspensão e colocar “neon” nos painéis dos A-4, convertendo-os para supermodernos e eficientes “M”, que numa próxima RedFlag vão atingir um kill ratio entre 40 e 60% (afinal, não deram um “suadouro” nos famosos F-14 naquele filme “Top Gun”?)…
Bem, a sabedoria popular já diz que a maior e melhor estratégia do Diabo é, justamente, convencer a humanidade de que ele não existe, certo?
Acho que esta já é uma boa razão para vermos, com certa desconfiança, estes resultados milagrosos em operações deste tipo, que, a meu ver, só servem para incutir um sentimento de “satisfação com aquilo que têm” aos países em desenvolvimento…
Em sã consciência e recordando tudo o que houve de evolução (seja em software, seja em hardware) entre as décadas de 50 e 70: dá para acreditar que F-5 são páreo para F-16 e F-15? E que AM-X “M” e A-4 “M” poderão substituir, com a mesma eficiência, aeronaves cujo projeto é de 10 a 15 anos mais recente? he, he, he.

Posted: 28 May 2009 16:17
by Hotsea
Os pilotos do VF-1 não precisam ser fuzileiros navais antes de tornarem-se pilotos da marinha?:mg1:


Eu lí isso um dia em algum lugar, numa terra muito distante... :lol:

Posted: 28 May 2009 17:03
by Assis
Hotsea wrote:Os pilotos do VF-1 não precisam ser fuzileiros navais antes de tornarem-se pilotos da marinha?:mg1:


Eu lí isso um dia em algum lugar, numa terra muito distante... :lol:
Cara eu não sei bem como funciona essa escolha pela aviação da marinha, tenho dois amigos que são oficiais da MB vou perguntar a eles e te respondo com exatidão.
Creio que não precisa, pois fiz um curso em São Pedro da Aldeia e um piloto disse que se formou na EN e logo após fez o curso de piloto de asa fixa, mas não me deu detalhes.

Abraço

Posted: 28 May 2009 22:10
by LBR_Nowotny
Hotsea wrote:Os pilotos do VF-1 não precisam ser fuzileiros navais antes de tornarem-se pilotos da marinha?:mg1:


Eu lí isso um dia em algum lugar, numa terra muito distante... :lol:


precisa ser fuzileiro ou armada, sendo que são mais vagas para o pessoal da armada pelo menos nos helis e acho que tem q ter 6 meses antes de tentar o curso de aviador asa fixa

abraços

Posted: 29 May 2009 12:45
by Assis
LBR_Nowotny wrote:
Hotsea wrote:Os pilotos do VF-1 não precisam ser fuzileiros navais antes de tornarem-se pilotos da marinha?:mg1:


Eu lí isso um dia em algum lugar, numa terra muito distante... :lol:


precisa ser fuzileiro ou armada, sendo que são mais vagas para o pessoal da armada pelo menos nos helis e acho que tem q ter 6 meses antes de tentar o curso de aviador asa fixa

abraços
Valeu pela informação, eu não sabia disso!!
Abraço

Posted: 29 May 2009 17:31
by 17_Vulture
17_Vulture wrote:Essa modernização, com equipamento israelense, vai levar nossos A-4 a um nível substancialmente melhor, provavelmente dotá-los de armamento anti-navio decente e manter os aviadores navais não só voando, como também se preparando para os futuros vetores, tanto em equipamentos, como em doutrinas de ataque.
- "Levar a um nível substancialmente melhor" significa que serão melhores que os A-4 atuais, não que serão melhores que um Super Hornet ou um Rafale ou mesmo um Tomcat...

- "Dotá-los de armamento anti-navio decente" significa uma novidade pros aviadores da MB, que hoje não tem qualque rhabilidade neste quesito. Então já seria por si só uma melhoria;

- "Manter os aviadores navais voando" é hoje em dia uma das principais preocupações da MB, uma vez que tomamos uma rasteira da LM argentina e a falta de motores tavam deixando quase a frota inteira no chão;

- Por fim, "se preparando para os futuros vetores" deixa bem claro que a opção A-4M não pode ser encarada como definitiva, mas sim como uma solução temporária, até pq a definitiva irá depender do NAe que substituirá o SP.

Como se vê, em nenhum momento há especulação de que o A-4M é um super aeronave, capaz de revirar o panorama da aviação naval em favor do Brasil. O que acontece é que o país tem restrições, tanto tecnológicas quanto de infra-estrutura e financeiras, e suas políticas de modernização/substituição de aeronaves precisam considerar tais restrições.