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AFPPesquisadores cubanos sustentam a existência de indícios na ilha do grande meteorito que há 65 milhões de anos atingiu a Península de Yucatán (México), provocando a extinção dos dinossauros, segundo o especialista Abel Hernández, citado nesta terça-feira pela imprensa cubana.
Os vestígios - fósseis de ostras, sifões (órgão alongado de certos moluscos) e uma grande quantidade de ouriços do mar - foram encontrados em um sítio paleontológico do período Cretáceo, situado na província cubana de Sancti Spíritus (centro), disse Hernández, membro do grupo de cientistas.
As descobertas fazem parte de um processo de pesquisas realizado há muitos anos, segundo o especialista. Estes fósseis "compartilharam com os dinossauros a catástrofe colossal" e representam a "fauna guia do Cretáceo superior", disse Hernández, mestre em Ecologia.
O especialista destacou a existência, em Cuba, dos depósitos aflorados mais importantes do mundo, associados ao chamado meteorito de Yucatán. "Não se trata de uma afirmação sensacionalista, são uma realidade", disse o especialista à agência de notícias cubana Prensa Latina, em alusão aos indícios encontrados na cidade de Cruz de Neiva, um local que "faz parte da própria história do mundo" e que "é necessário proteger", afirmou.
O meteorito, que abriu uma cratera de 300 km de largura nesta na cidade de Chicxulub, em Yucatán, rasgou os céus a uma velocidade de 25 km/seg e atingiu a Terra, segundo Hernández, com uma força equivalente a cinco bilhões de bombas atômicas.
O impacto criou nuvens de ácido sulfúrico e lançou na atmosfera grandes quantidades de partículas que impediram a passagem dos raios solares durante anos, causando a extinção maciça de espécies animais, inclusive os dinossauros, e vegetais, abrindo espaço para uma nova era geológica.
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