VF -17

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31_CrossBones
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VF -17

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:skull:

S!


Encontrei esta matéria, muito informativa e resolvi compartilhar com todos :ok

...................................................O Esquadrão Jolly Rogers.....................................................................

....................................................VF-17 (1943 a 1946).......................................................................

No dia 1º de janeiro de 1943 foi criado em Norfolk, no estado da Virginia, sob o comando de John T. Blackburn, o Esquadrão de Caças (VF) 17 da Marinha dos Estados Unidos (U.S. Navy). Em função da aeronave que iriam voar, o F4U Corsair (Corsário), Blackburn desejava uma insígnia e um apelido relacionados com piratas e logo alguém apareceu com a histórica bandeira preta com uma caveira e ossos cruzados, conhecida nos Estados Unidos como “Jolly Roger”. Sem saber, os membros do VF-17 haviam acabado de criar o emblema e o nome que entrariam definitivamente para a história da aviação naval norte-americana.

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Vought F4U-1 Corsair: o primeiro avião utilizado pelo VF-17. (Perfil © Mario Serelle)

Os primeiros F4U-1 Corsair do VF-17 foram recebidos em fevereiro de 1943 e eram aeronaves do modelo “birdcage”. Foi com estes aviões que os pilotos dos Jolly Rogers realizaram suas qualificações para operações embarcadas a bordo do USS Ranger (CV-4), tornando-se o primeiro esquadrão operacional de Corsairs da Marinha das Estados Unidos. Nesta época os Corsairs ainda ostentavam a pintura padrão da U.S. Navy de 1942, em dois tons de cinza e insígnias nacionais (estrelas brancas sobre um círculo azul) presentes nos chamados “seis pontos”: laterais da fuselagem e nas partes superiores e inferiores de ambas as asas. O spinner possuía um acabamento em metal natural.

Em maio de 1943 a U.S. Navy recebeu o porta-aviões USS Bunker Hill (CV-17) e o VF-17 foi destacado para participar das operações de qualificação do novo navio. Nesta época os Corsair dos Jolly Rogers já estavam com o novo padrão de pintura de 1943 em três tons e tinham os spinners pintado em preto. As insígnias nacionais agora estavam localizadas em “quatro pontos” (laterais da fuselagem, parte superior da asa esquerda e inferior da asa direita), padrão que é adotado até os dias atuais. A famosa bolacha do esquadrão, que ficou conhecida simplesmente como “bones” (ossos), em fundo preto com uma caveira sobre ossos cruzados, foi aplicada em ambos os lados do capô do motor. Os pilotos queriam que as possíveis marcações de vitórias aéreas durante a guerra fossem pintadas nas laterais do cockpit e, em função disso, escolheram colocar as bolachas no capô.

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Vought F4U-1 Corsair: padrão utilizado durante o primeiro destacamento embarcado. (Perfil © Mario Serelle)

Ao retornarem de seu primeiro destacamento à bordo do USS Bunker Hill em agosto de 1943, os pilotos do VF-17 receberam novos Corsairs do modelo F4U-1A, que seriam as aeronaves utilizadas em combate no Teatro de Operações do Pacífico. Também pintados com a camuflagem de três tons, estes aviões ostentavam as novas insígnias nacionais (estrela e barras horizontais brancas sobre um fundo azul com borda vermelha). Estranhamente, as insígnias aplicadas nas asas não possuíam as bordas vermelhas. Os spinners receberam o mesmo azul intermediário das laterais da fuselagem.

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Vought F4U-1A Corsair: aeronave de Merl W. Davenport quando do embarque para o Pacífico. (Perfil © Mario Serelle)

O VF-17 estava escalado para operar embarcado no USS Bunker Hill durante seu primeiro destacamento no teatro do Pacífico, mas o alto escalão da U.S. Navy ainda não estava confiante na utilização do Corsair em porta-aviões. Por este motivo, os Jolly Rogers foram substituídos a bordo pelo VF-18 que operava aeronaves F6F-3 Hellcats, e enviados para operar em terra a partir das Ilhas Salomão, chegando em sua base em outubro de 1943.

Ainda em 1943 o padrão da insígnia nacional norte-americana foi novamente modificada, substituindo-se a borda vermelha por uma azul, na mesma tonalidade do círculo. Muitas aeronaves tiveram suas insígnias repintadas e os novos aviões recebidos para reposição de perdas operacionais já possuíam as novas marcas. À medida que as vitórias aéreas do esquadrão começaram a acontecer, as respectivas marcações eram feitas nas laterais do cockpit, utilizando uma pequena bandeira japonesa para representar cada vitória do piloto. Os spinners mantiveram a cor azul intermediário mas, dependendo de consertos e trocas realizadas em campo, também podiam ser vistos em metal natural.

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Vought F4U-1A Corsair: Roger R. Hedrick conseguiu 12 vitórias pilotando o #17. (Perfil © Mario Serelle)

Os pilotos do VF-17 foram creditados com 154 vitórias aéreas confirmadas entre outubro de 1943 e março de 1944, sendo que 13 pilotos alcançaram o status de ás, com cinco ou mais vitórias. Os maiores ases do esquadrão foram Ira Kepford com 16 vitórias, o Comandante Tom Blackburn (11) e Roger Hedrick (9). Após o final de seu destacamento, os Jolly Rogers retornaram para NAS Alameda nos Estados Unidos e deram baixa oficialmente em abril de 1944.

O VF-17 foi reativado ainda em 1944, mas sem nenhum dos membros originais do esquadrão que lutaram nas Ilhas Salomão. Agora equipados com aeronaves F6F-5 Hellcat, os Jolly Rogers embarcaram no USS Hornet (CV-12) e participaram da escalada final da frota norte-americana rumo às ilhas japonesas entre fevereiro e junho de 1945. Os Hellcats possuíam a pintura azul escuro padrão dos caças embarcados da época e, com raras exceções, não levavam a bandeira Jolly Roger em suas aeronaves. A insígnia nacional consistia apenas na estrela e barras horizontais brancas, aplicadas em “quatro pontos”. A U.S. Navy possuía um sistema de formas geométricas para identificar suas alas aéreas e, seguindo este conceito, os F6F do VF-17 receberam dois quadrados brancos nas pontas das asas (parte superior) e cauda que identificavam as aeronaves a bordo do USS Hornet. A partir deste momento, os Hellcats e todos os demais aviões usados pelo VF-17 possuíam os spinners pintados em branco.

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Grumman F6F-5 Hellcat: o #35 foi um dos poucos a receber os "bones" em sua fuselagem. (Perfil © Mario Serelle)

Pouquíssimos F6F tiveram os famosos “bones" aplicados em suas fuselagens, entre elas os Hellcats de número 35 e 21, que foram fotografados durante a guerra. Quando presentes, as insígnias eram menores do que as utilizadas nos Corsair e estavam localizadas à frente e abaixo do pára-brisas. Neste período, nenhum avião possuía marcações de vitórias na fuselagem, sendo que a contagem era realizada em um grande quadro localizado no hangar do porta-aviões. A grande preocupação para as equipes era manter os aviões voando com a maior disponibilidade possível, por isso não se gastava tempo com pinturas e marcações específicas nas aeronaves.

Durante este segundo destacamento o VF-17 teve 161 vitórias confirmadas e 12 pilotos alcançaram o status de ás, entre eles e Comandante do esquadrão Marshall Beebe que, com 10 aviões abatidos, foi o maior ás do VF-17 neste período.


Pelo menos três caças noturnos F6F-3N faziam parte do esquadrão VF-17 durante o segundo destacamento dos Jolly Rogers na Segunda Guerra Mundial a bordo do USS Hornet (CV-12). Era comum no período cada esquadrão operar um reduzido número de caças noturnos ou mesmo de reconhecimento. Apesar de estarem equipadas com radar na asa direita, estas aeronaves muitas vezes eram utilizadas também em missões diurnas para complementar o efetivo aéreo disponível.

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Grumman F6F-3N Hellcat: alguns destes caças noturnos faziam parte do VF-17. (Perfil © Mario Serelle)

Os F6F-3N estavam pintados com a camuflagem em três tons utilizada em 1943 e possuíam as insígnias nacionais com borda azul aplicada em “quatro pontos”. Destas aeronaves, apenas o #41 possui foto amplamente divulgada e a bandeira Jolly Rogers não está presente neste avião.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial os Hellcats do VF-17 foram substituídos por aeronaves Vought F4U-4 Corsair. Operando frequentemente a bordo do USS Midway (CVB-41), os novos Corsair estavam inteiramente pintados em azul escuro, possuíam as insígnias nacionais padrão e trouxeram de volta os “bones” aos capôs de todos os aviões do esquadrão, recuperando a identidade dos Jolly Rogers. A bolacha do esquadrão ganhou um fino contorno branco que a ressaltava da pintura azul escuro, e também um tamanho ligeiramente maior e mais quadrada que a original.

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Vought F4U-4 Corsair: o primeiro avião utilizado pelos Jolly Rogers após a guerra. (Perfil © Mario Serelle)

Em novembro de 1946 a U.S. Navy modificou o sistema de designação dos esquadrões e o VF-17 passou a ser conhecido como VF-5B, operando os mesmos F4U-4 Corsair.

Alguns F8F-1 Bearcat chegaram a ser alocados ao VF-17 no início de 1946, mas a substituição completa para o novo modelo não aconteceu, provavelmente por problemas logísticos na época. Estas aeronaves possuíam a mesma pintura utilizada nos Corsairs do esquadrão mas não chegaram a receber a bandeira dos Jolly Rogers em seus capôs.

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Grumman F8F-1 Bearcat: alguns destes aviões foram alocados ao VF-17 em 1946. (Perfil © Mario Serelle)

É difícil saber quantos Bearcat foram recebidos e por quanto tempo os dois modelos operaram simultaneamente, mas apenas os F4U-4 partiram a bordo do USS Midway (CVB-41) em março de 1946 quando o esquadrão realizou seu último destacamento como VF-17.

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Ás da marinha americana Tom Blackburn com 11 vitórias e comandante do "Jolly Rogers" VF 17 navy squadron

Meus agradecimentos à MS modelismo e aviação, fonte do texto


SP!
Os políticos são como as fraldas: devem ser trocados constantemente, e sempre pelo mesmo motivo.

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06_Colorado
Marraio
Marraio
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S! TCHE!


Muito massa! ;)


SP! TCHE!
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