Caros Colegas,
Segue um pequeno artigo para lembrarmos que inovação, principalmente na aviação, nem sempre é uma coisa fácil e previsível.
(aliás, o velho caso "Comet" ainda perdura como um dos melhores exemplos disso - só que agora é a Boeing a bola da vez...)
Outro aspecto importante é a excessiva confiança nos famigerados "softwares".
Houve uma época na qual quem mandava nos departamentos de engenharia eram os engenheiros e projetistas e quem mandava na cabine de comando eram os pilotos. Hoje, quem manda nesses departamentos são os tais "softwares", pilotados pelo pessoal de TI e da área comercial. Nada contra o pessoal dessas áreas, mas como já dizia um velho ditado, "cada macaco no seu galho".
Contrário fosse, os Airbus não estariam caindo e o 787 já estaria voando.
Alumínio e titânio podem salvar avião feito de compósitos
Durante testes no túnel de vento, o novo avião 787 provou-se incapaz de suportar as forças impostas sobre um avião durante um voo real.
Em meio a uma série de acidentes com aviões da francesa Airbus, que podem apresentar problemas estruturais sob condições de tempo adversas, agora foi a vez da norte-americana Boeing divulgar que seu avião de nova geração, ainda em fase de desenvolvimento, possui fragilidades estruturais graves.
Avião de compósito
Os planos da empresa era de que o Boeing 787 fosse o primeiro avião comercial com uma fuselagem pressurizada feita inteiramente feita de materiais compósitos - uma mescla de plástico reforçado com fibras de carbono, mais leves do que o alumínio atualmente utilizado.
Em 2008, a empresa descobriu que o tubo principal da fuselagem, no qual são conectadas as asas, não era resistente o suficiente. A saída foi reforçá-lo com o bom e velho metal.
Reforços de alumínio e titânio
Agora, os testes de estresse mecânico conduzidos com a fuselagem já reforçada revelaram que a estrutura tem nada menos do que 18 fragilidades estruturais críticas nos dois lados da fuselagem, logo acima da área onde as asas são conectadas ao corpo principal do avião.
A solução está novamente no metal. A Boeing anunciou que começou a desenvolver reforços metálicos para garantir a resistência estrutural do avião. Estão sendo pesquisados reforços de alumínio e de titânio.
Simuladores falhos
"Os dados dos nossos testes reais não coincidem com o que nosso modelo computadorizado estabelece," disse Scott Fancher, vice-presidente da empresa. Os defeitos surgiram durante testes no túnel de vento.
Com isto, além de consertar o projeto do avião, a empresa terá que reprogramar o seu modelo computadorizado, para que ele chegue às mesmas conclusões que os testes reais.
Os testes reais com o novo 787, que já haviam sido retardados em 15 meses quando os primeiros problemas foram encontrados, agora foram adiados sem nova previsão de data.
Abraços