Rússia e China realizam exercício militar conjunto
Posted: 20 Aug 2005 11:21
18/08/2005 - 11:39 Outras notícias de Internacional >> Rússia
Rússia e China realizam exercício militar conjunto pela 1a vez
Da Reuters
China e Rússia iniciaram na quinta-feira o primeiro exercício militar conjunto de sua história, num recado aos Estados Unidos de que os ex-adversários estão cooperando entre si e são cada vez mais influentes. Os oito dias de jogos de guerra entre os dois gigantescos vizinhos, que compartilham uma fronteira de 4.300 quilômetros, também representam uma oportunidade comercial para a Rússia, maior fornecedora de armas e tecnologia bélica para a China, segundo analistas. `O principal alvo são os Estados Unidos. Ambos os lados querem melhorar sua posição para barganhar em termos de segurança, política e economia`, disse Jin Canrong, professor de Relações Internacionais da Universidade Popular da China. O propósito declarado da `Missão Paz 2005`, que envolve 10.000 soldados, é reforçar os laços entre as forças armadas dos dois países. Analistas não vêem na operação uma ameaça contra nenhum país em especial. Mas a agência oficial de notícias chinesa, a Xinhua, destacou a importância de `reforçar a capacidade de as duas forças armadas combaterem conjuntamente o terrorismo, o extremismo e o separatismo`. A palavra `separatismo` certamente assustará os moradores de Taiwan, a ilha autônoma considerada por Pequim uma `província rebelde` a ser reunificada, se necessário com o uso da força. Apesar de serem ambos comunistas, Pequim e Moscou eram adversários na época da Guerra Fria. Nos últimos anos, porém, tem havido uma reaproximação, em parte porque a China precisa dos recursos energéticos russos para alimentar sua economia. Os dois governos também participam das negociações sobre a crise nuclear da Coréia do Norte e têm interesses comuns na Ásia Central, pois temem a influência norte-americana na região e acompanham com preocupação as turbulências no Uzbequistão e no Quirguistão. Jin disse que a Rússia manifestou interesse pelos exercícios militares com a China depois da rebelião popular da Ucrânia, no ano passado, que derrubou um governo pró-Moscou acusado de fraude eleitoral. Em julho, a Organização de Xangai para a Cooperação, fórum regional que reúne Rússia, China e os países da Ásia Central, pediu aos Estados Unidos que fixem uma data para desativar suas bases militares na região. A presença de observadores do fórum regional nos exercícios reforça a tese de que a
operação está mandando um recado a Washington. `Isso é acima de tudo um ataque ao mundo unipolar que tão bem serviu a Washington desde o final da Guerra Fria`, disse o jornal russo Nezavismaya Gazeta. Os Estados Unidos disseram que os exercícios favorecem a estabilidade regional, mas demonstraram cautela. `Esperamos que nada que eles façam seja prejudicial ao atual clima na região`, disse Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado. Os exercícios acontecem até dia 25 de agosto em águas territoriais russas no Pacífico, perto de Vladivostok, e na província litorânea chinesa de Shandong. Analistas dizem que os exercícios não devem causar alarme e sim ser vistos como um gesto de transparência de ambos os países, de acordo com as normas internacionais. `Acho que eles finalmente perceberam que pode ser
útil aprender alguma coisa com os outros`, disse Robert Karniol, editor para a Ásia-Pacífico da revista Jane´s Defence Weekly."
Um dia isto vai dar em merda!!!!
Rússia e China realizam exercício militar conjunto pela 1a vez
Da Reuters
China e Rússia iniciaram na quinta-feira o primeiro exercício militar conjunto de sua história, num recado aos Estados Unidos de que os ex-adversários estão cooperando entre si e são cada vez mais influentes. Os oito dias de jogos de guerra entre os dois gigantescos vizinhos, que compartilham uma fronteira de 4.300 quilômetros, também representam uma oportunidade comercial para a Rússia, maior fornecedora de armas e tecnologia bélica para a China, segundo analistas. `O principal alvo são os Estados Unidos. Ambos os lados querem melhorar sua posição para barganhar em termos de segurança, política e economia`, disse Jin Canrong, professor de Relações Internacionais da Universidade Popular da China. O propósito declarado da `Missão Paz 2005`, que envolve 10.000 soldados, é reforçar os laços entre as forças armadas dos dois países. Analistas não vêem na operação uma ameaça contra nenhum país em especial. Mas a agência oficial de notícias chinesa, a Xinhua, destacou a importância de `reforçar a capacidade de as duas forças armadas combaterem conjuntamente o terrorismo, o extremismo e o separatismo`. A palavra `separatismo` certamente assustará os moradores de Taiwan, a ilha autônoma considerada por Pequim uma `província rebelde` a ser reunificada, se necessário com o uso da força. Apesar de serem ambos comunistas, Pequim e Moscou eram adversários na época da Guerra Fria. Nos últimos anos, porém, tem havido uma reaproximação, em parte porque a China precisa dos recursos energéticos russos para alimentar sua economia. Os dois governos também participam das negociações sobre a crise nuclear da Coréia do Norte e têm interesses comuns na Ásia Central, pois temem a influência norte-americana na região e acompanham com preocupação as turbulências no Uzbequistão e no Quirguistão. Jin disse que a Rússia manifestou interesse pelos exercícios militares com a China depois da rebelião popular da Ucrânia, no ano passado, que derrubou um governo pró-Moscou acusado de fraude eleitoral. Em julho, a Organização de Xangai para a Cooperação, fórum regional que reúne Rússia, China e os países da Ásia Central, pediu aos Estados Unidos que fixem uma data para desativar suas bases militares na região. A presença de observadores do fórum regional nos exercícios reforça a tese de que a
operação está mandando um recado a Washington. `Isso é acima de tudo um ataque ao mundo unipolar que tão bem serviu a Washington desde o final da Guerra Fria`, disse o jornal russo Nezavismaya Gazeta. Os Estados Unidos disseram que os exercícios favorecem a estabilidade regional, mas demonstraram cautela. `Esperamos que nada que eles façam seja prejudicial ao atual clima na região`, disse Sean McCormack, porta-voz do Departamento de Estado. Os exercícios acontecem até dia 25 de agosto em águas territoriais russas no Pacífico, perto de Vladivostok, e na província litorânea chinesa de Shandong. Analistas dizem que os exercícios não devem causar alarme e sim ser vistos como um gesto de transparência de ambos os países, de acordo com as normas internacionais. `Acho que eles finalmente perceberam que pode ser
útil aprender alguma coisa com os outros`, disse Robert Karniol, editor para a Ásia-Pacífico da revista Jane´s Defence Weekly."
Um dia isto vai dar em merda!!!!