Alumínio e titânio podem salvar avião feito de compósitos
Posted: 15 Jul 2009 17:01
Caros Colegas,
Segue um pequeno artigo para lembrarmos que inovação, principalmente na aviação, nem sempre é uma coisa fácil e previsível.
(aliás, o velho caso "Comet" ainda perdura como um dos melhores exemplos disso - só que agora é a Boeing a bola da vez...)
Outro aspecto importante é a excessiva confiança nos famigerados "softwares".
Houve uma época na qual quem mandava nos departamentos de engenharia eram os engenheiros e projetistas e quem mandava na cabine de comando eram os pilotos. Hoje, quem manda nesses departamentos são os tais "softwares", pilotados pelo pessoal de TI e da área comercial. Nada contra o pessoal dessas áreas, mas como já dizia um velho ditado, "cada macaco no seu galho".
Contrário fosse, os Airbus não estariam caindo e o 787 já estaria voando.
Alumínio e titânio podem salvar avião feito de compósitos
Durante testes no túnel de vento, o novo avião 787 provou-se incapaz de suportar as forças impostas sobre um avião durante um voo real.
Em meio a uma série de acidentes com aviões da francesa Airbus, que podem apresentar problemas estruturais sob condições de tempo adversas, agora foi a vez da norte-americana Boeing divulgar que seu avião de nova geração, ainda em fase de desenvolvimento, possui fragilidades estruturais graves.
Avião de compósito
Os planos da empresa era de que o Boeing 787 fosse o primeiro avião comercial com uma fuselagem pressurizada feita inteiramente feita de materiais compósitos - uma mescla de plástico reforçado com fibras de carbono, mais leves do que o alumínio atualmente utilizado.
Em 2008, a empresa descobriu que o tubo principal da fuselagem, no qual são conectadas as asas, não era resistente o suficiente. A saída foi reforçá-lo com o bom e velho metal.
Reforços de alumínio e titânio
Agora, os testes de estresse mecânico conduzidos com a fuselagem já reforçada revelaram que a estrutura tem nada menos do que 18 fragilidades estruturais críticas nos dois lados da fuselagem, logo acima da área onde as asas são conectadas ao corpo principal do avião.
A solução está novamente no metal. A Boeing anunciou que começou a desenvolver reforços metálicos para garantir a resistência estrutural do avião. Estão sendo pesquisados reforços de alumínio e de titânio.
Simuladores falhos
"Os dados dos nossos testes reais não coincidem com o que nosso modelo computadorizado estabelece," disse Scott Fancher, vice-presidente da empresa. Os defeitos surgiram durante testes no túnel de vento.
Com isto, além de consertar o projeto do avião, a empresa terá que reprogramar o seu modelo computadorizado, para que ele chegue às mesmas conclusões que os testes reais.
Os testes reais com o novo 787, que já haviam sido retardados em 15 meses quando os primeiros problemas foram encontrados, agora foram adiados sem nova previsão de data.
Abraços
Segue um pequeno artigo para lembrarmos que inovação, principalmente na aviação, nem sempre é uma coisa fácil e previsível.
(aliás, o velho caso "Comet" ainda perdura como um dos melhores exemplos disso - só que agora é a Boeing a bola da vez...)
Outro aspecto importante é a excessiva confiança nos famigerados "softwares".
Houve uma época na qual quem mandava nos departamentos de engenharia eram os engenheiros e projetistas e quem mandava na cabine de comando eram os pilotos. Hoje, quem manda nesses departamentos são os tais "softwares", pilotados pelo pessoal de TI e da área comercial. Nada contra o pessoal dessas áreas, mas como já dizia um velho ditado, "cada macaco no seu galho".
Contrário fosse, os Airbus não estariam caindo e o 787 já estaria voando.
Alumínio e titânio podem salvar avião feito de compósitos
Durante testes no túnel de vento, o novo avião 787 provou-se incapaz de suportar as forças impostas sobre um avião durante um voo real.
Em meio a uma série de acidentes com aviões da francesa Airbus, que podem apresentar problemas estruturais sob condições de tempo adversas, agora foi a vez da norte-americana Boeing divulgar que seu avião de nova geração, ainda em fase de desenvolvimento, possui fragilidades estruturais graves.
Avião de compósito
Os planos da empresa era de que o Boeing 787 fosse o primeiro avião comercial com uma fuselagem pressurizada feita inteiramente feita de materiais compósitos - uma mescla de plástico reforçado com fibras de carbono, mais leves do que o alumínio atualmente utilizado.
Em 2008, a empresa descobriu que o tubo principal da fuselagem, no qual são conectadas as asas, não era resistente o suficiente. A saída foi reforçá-lo com o bom e velho metal.
Reforços de alumínio e titânio
Agora, os testes de estresse mecânico conduzidos com a fuselagem já reforçada revelaram que a estrutura tem nada menos do que 18 fragilidades estruturais críticas nos dois lados da fuselagem, logo acima da área onde as asas são conectadas ao corpo principal do avião.
A solução está novamente no metal. A Boeing anunciou que começou a desenvolver reforços metálicos para garantir a resistência estrutural do avião. Estão sendo pesquisados reforços de alumínio e de titânio.
Simuladores falhos
"Os dados dos nossos testes reais não coincidem com o que nosso modelo computadorizado estabelece," disse Scott Fancher, vice-presidente da empresa. Os defeitos surgiram durante testes no túnel de vento.
Com isto, além de consertar o projeto do avião, a empresa terá que reprogramar o seu modelo computadorizado, para que ele chegue às mesmas conclusões que os testes reais.
Os testes reais com o novo 787, que já haviam sido retardados em 15 meses quando os primeiros problemas foram encontrados, agora foram adiados sem nova previsão de data.
Abraços