Revolução Constitucionalista de 32
Posted: 09 Jul 2009 13:04
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A Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Guerra Paulista, foi o movimento armado ocorrido no Brasil entre os meses de julho e outubro de 1932, onde o Estado de São Paulo visava a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil.
A insatisfação dos paulistas contra Getúlio aumentou nos dois anos seguintes, por causa das inúmeras intervenções da ditadura no estado. A gota d'água foi o assassinato de cinco jovens no Centro de São Paulo, executados a tiros por partidários da ditadura no dia 23 de maio. A morte de Martins, Miragaia, Drausio, Camargo e Alvarenga deu origem ao movimento de oposição a Vargas que ficou conhecido como MMDC. Um mês e meio depois, começou a luta armada.
No total, foram 87 dias de combates, (de 9 de julho a 4 de outubro de 1932 - sendo o último dois dias depois da rendição paulista), com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas, não oficiais, reportem até 2.200 mortos, sendo que inúmeras cidades do interior do estado de São Paulo sofreram danos devido aos combates.


Apesar da derrota dos paulistas, o término da revolução constitucionalista marcou o início do processo de democratização. A derrota militar se transforma em vitória política. Em 3 de maio de 1933 foram realizadas eleições para a Assembléia Nacional Constituinte quando a mulher votou pela primeira vez no Brasil em eleições nacionais. Ao ver seu governo em risco, Getúlio Vargas dá início ao processo de reconstitucionalização do país, levando à promulgação em 1934 de uma nova constituição. Nesta eleição, graças à criação da Justiça Eleitoral, as fraudes deixaram de ser rotina nas eleições brasileiras.

Fuzis e demais equipamentos utilizados na Revolução Constitucionalista de 1932 em museu no Instututo Geográfico e Histórico de São Paulo, no Centro (Foto: Carolina Iskandarian/G1)
Muitos não sabem, mas alguns nobres gaúchos tomaram parte no conflito;
Revolução Constitucionalista de 32
Os revolucionários rio-grandenses
Apesar da "traição" oficial do governo do estado, alguns gaúchos entraram na luta no próprio Rio Grande. Liderados por Borges de Medeiros um batalhão de cerca 450 homens praticava, utilizando termos atuais, táticas de guerrilha para fixar tropas federais, isto é, atacando destacamentos que partiriam do Rio Grande do Sul para vir reforçar os getulistas contra São Paulo, impedindo-os de chegar nos frontes, principalmente na frente paranaense.
Os revolucionários rio-grandenses tiveram um fim na Batalha de Cerro Alegre, no município de Piratini no dia 20 de setembro de 1932, quando foram mortos mais de duzentos homens das forças constitucionalistas e o líder Borges de Medeiros preso. Infelizmente os feitos destes bravos revolucionários estão quase esquecidos, principalmente pelo fato de não haver apoio oficial do governo, considerado uma grande traição pelos paulistas, criando assim uma rivalidade entre os dois Estados.
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