ALAGOAS UM ESTADO CRIMINOSO

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16_Sertao
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ALAGOAS UM ESTADO CRIMINOSO

Post by 16_Sertao »

S!


Para ler, meditar e entender a violência: “...o mais grave não é a omissão do Estado, por si só criminosa, mas a participação direta dos aparelhos de segurança pública, que ainda conta com a conivência ou a cumplicidade de alguns setores do Ministério Público e Poder Judiciário Estadual...”

“...as Secretarias de Segurança Pública ou de Defesa Social tem se mostrado inábeis para apurar crimes de pistolagem. Os aparelhos de segurança pública são inertes e, aí, o crime organizado domina os Estados do Nordeste...”

“...é mais que sabido que os organismos de segurança dos Estados se utilizam de subterfúgios para justificar os crimes praticados. Geralmente, forjam flagrantes, colocando drogas e objetos roubados junto à vítimas. Torturam testemunhas para que elas digam que a vítima era envolvida com o mundo do crime. Isso ocorre muitas vezes para que se possa dar justificativa para a sociedade...”

Caros internautas, esses trechos foram pinçados do relatório da CPI do Grupo de Extermínio e explicam o estágio da violência que assistimos estarrecidos – e que vai piorar porque as ações discutidas hoje são reflexos da emoção.

No ano passado o governo entregou a segurança pública a um grupo político que jamais teria se formado, jamais teria sobrevivido, sem o dinheiro do crime – assaltos a bancos, roubos de carros, de cargas, seqüestros e pistolagem.

O governador Téo Vilela desarticulou o esquema nomeando um general e o “grupo político” entrou em pânico; para o ano tem eleição municipal, em 2010 tem eleição majoritária e como disputá-las sem o dinheiro dos assaltos a bancos?

E como assaltar bancos sem a garantia da impunidade? Sem o respaldo da “banda podre” da polícia? Não dá.

A “banda podre” que o governo passado permitiu que se formasse e dominasse a segurança pública no Estado, sabe que o general é um homem do Serviço de Informações e já levantou a ficha de cada um dos criminosos – são policiais e políticos. O assalto ao posto da Secretaria da Fazenda em Jacarecica, por exemplo, foi a gota d´agua.

No desespero diante do final iminente, a “banda podre” tenta intimidar o Poder Judiciário – que vem sendo “enquadrado” pelos criminosos oficiais desde o assalto à casa do desembargador Estácio Gama.

O que o inigualável jornalista Ricardo Mota chamou de “banda podre”, o general Sá Rocha optou por “policiais que se desviaram do caminho do dever”. Mas, infelizmente, a violência em Alagoas não é uma questão de semântica – é uma questão do Poder Judiciário e do Ministério Público cumprirem com os seus deveres e jamais tergiversarem.

1) A GANGUE CIVIL

No ano passado a Polícia Civil anunciou que tinha prendido os responsáveis pelo assalto à casa do presidente do Tribunal de Justiça e era mentira; em entrevista à TV Gazeta o desembargador Estácio Lima, a vítima, desmentiu a autoridade policial; o desembargador disse que um ano depois do assalto impune lhe mandaram um questionário que ele se recusou a responder – no que fez muito bem, ainda que a recusa sirva para a autoridade policial se esmerar de que “fez de tudo” para esclarecer o crime.

Mas, não podemos culpar apenas a polícia; a impunidade em Alagoas começa em casa e os maus exemplos se disseminaram em efeitos devastadores. Atacaram a casa do presidente do Tribunal de Justiça, seqüestraram o filho do presidente do Tribunal de Justiça e agora seqüestraram o presidente da Associação dos Magistrados.

Quanta ironia! Logo agora que o Tribunal de Justiça decidiu acabar com o Núcleo de Combate ao Crime Organizado! E não venham dizer que a Vara Especial criada recentemente vai substituir o Núcleo – agora substitua! A Vara Especial é tão ampla que tem atribuição para decidir até sobre briga de condôminos por questão de flatulência noturna; e não terá mais o nome “Combate ao Crime Organizado”, porque soava mal...

Para o crime organizado, claro.

A GANGUE CIVIL

A pirotecnia política e policial embalou a sociedade na direção do resgate da moral pública; a prisão do coronel PM Cavalcante – disseram – era a panacéia para todos os males da violência no Estado, porquanto o coronel “chefiava a gangue fardada”. A sociedade descobre agora, horrorizada, que o problema não era a “gangue fardada” – até porque esta foi desbaratada; o problema é a “gangue civil” que é poderosa, que é maior que a Lei – inclusive Leis federais que não vigem em Alagoas.

Nos últimos anos o governo entregou a segurança pública a grupos políticos comprometidos com a violência; e não é coincidência o fato de nos últimos oitos anos terem sido registrados 132 assaltos a agências bancárias públicas (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal) e dois assaltos a usinas (Porto Rico e Camaragibe) impunes. O governo entregou o galinheiro para a raposa administrar e a raposa esperta fingiu-se de eficiente até quando negava peremptoriamente que não apreciava galinhas.

Imagina se iria admitir que os assaltos a bancos serviram de caixa eleitoral...

E também não explicava a impunidade - nenhum desses assaltos foram esclarecidos; nem o fato de os assaltantes evitarem agências bancárias privadas (Bradesco, Itaú) – ainda que mais ricas. E por que evitaram? Porque o Bradesco e o Itaú possuem sistema particular de investigação e não admitem impunidade; a raposa teria de dar conta das galinhas e mostrar quem foi que arrombou o galinheiro.

Mas, não pensem que a solução está na polícia; a solução para a violência em Alagoas está na indignação do Poder Judiciário – se tudo o que já aconteceu com desembargadores e juizes não servir para indignar o Judiciário, então não há mais salvação para ninguém.

1) QUEM É O PRÓXIMO/

1A violência é nacional; o ar também é, mas o fato de o ar estar poluído não justifica os discursos dos que tentam minimizar a gravidade da poluição - e do mesmo modo a violência que a sociedade alagoana está enfrentando.

Também não justifica o discurso de que a polícia está desaparelhada, que tem carência de pessoal e de viatura. Esqueceram de que a polícia alagoana foi treinada pela “SWAT”? Esqueceram que a polícia alagoana tem tantas armas, que as autoridades nem se importaram com o calote da fábrica italiana Beretta – que não entregou o lote de armas pagas antecipadamente?

A justificativa de que a polícia está desaparelhada serve apenas para banalizar os crimes.

É verdade que nos últimos oito anos deu-se a degradação moral nas instituições públicas; o princípio da hierarquia foi quebrado e as imoralidades viraram atos rotineiros.

Está aí uma das causas para o crescimento da violência em Alagoas – que não é apenas social; é política também e difere do que ocorre, por exemplo, no Rio de Janeiro. No ano passado seqüestraram uma garota e o seqüestro comoveu a sociedade; a polícia fuzilou o seqüestrador e a sociedade, novamente iludida, imaginou que o problema estava resolvido.

Há quinze dias seqüestraram um plantador de cana em Capela; antes, seqüestraram a irmã de um juiz de Direito, que disse à imprensa ter sido ele, pessoalmente, quem negociou com os seqüestradores; e agora seqüestraram o presidente da Associação dos Magistrados.

Não é possível que esses crimes fiquem impunes. Se um juiz, sozinho, conseguiu elucidar o seqüestro da irmã, é difícil acreditar não haver um policial disponível para “pontear” os contatos entre os seqüestradores e a família das vítimas.

Mas, por favor, se isto acontecer não precisa fuzilar o bandido; fuzilando-o, perde-se a referência. É preciso prendê-lo e ouvi-lo para que denuncie onde funciona e quem mantém o Centro Estadual de Formação de Seqüestradores – que existe, é arretado e tá doido pra pegar o próximo.

1)A IMPUNIDADE PÚBLICA E PRIVADA

O Tribunal de Contas da União está cobrando a prestação de contas de 1,4 milhão de reais liberados pelo governo federal para a “ONG Oceanus”, aquela que recebeu mais 1,2 milhões de reais do Estado para “produzir ostras para os pobres”.

Em matéria assinada pela excelente jornalista Milena Andrade, de “O Jornal”, o TCU lembra que o segundo e último prazo para a ONG prestar contas terminou em dezembro, quando também terminou o governo Lessa/Luiz Abílio, que alimentou irresponsavelmente a ONG.

Não sei se o Ministério Público Estadual ainda mantém a Promotoria responsável pela fiscalização das ONGs e do chamado “terceiro setor”, mas, se a Promotoria ainda existe, ninguém entende porque até hoje o MP não determinou a devassa nas contas da ONG.

A omissão leva à conclusão de que a ONG é poderosíssima e está acima da Lei ou, então, o governo passado está envolvido no escândalo. Vale lembrar que, em setembro, o governo estadual, irresponsavelmente, liberou 700 mil reais para a ONG ao apagar da luz da gestão – e isso, depois de ter liberado 500 mil reais no final de 2005.

Mas, não é só isso; a “ONG Oceanus” protagonizou um crime inédito no Brasil quando conseguiu registrar no Detran como oficial um carro particular; depois de sonegar impostos e se beneficiar das regalias inerentes à frota oficial, conseguiu novo registro particular – afinal, o governo que a protegia estava acabando.

Para facilitar o trabalho do Ministério Público, se houver interesse em punir o crime, trata-se da Mitsubshi L200, placa MUK 7678.



texto retirado de: www.alagoas24horas.com.br
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Post by 36_Killer-Ants »

S!

É lamentável o que ocorre em Alagoas, Sertão. Estão permitindo que se monte um esquema como ocorreu no ES (políticos+polícia+traficantes), é com muita apreensão que acompanho o dia-a-dia do estado e da falta de respota dos poderes institucionais.

:drink:
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M.L.K
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Post by 04_Nospheratus »

MUK 7678... tem certeza?!
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Post by 02_Weissheimer »

Putz.. a algum tempo! 10 anos mais ou menos, escutamos aqui no sul os problemas de Alagoas..ainda nada resolvido depois de tanto tempo! vixi!
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16_Sertao
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Post by 16_Sertao »

S!
04_Nospheratus wrote:MUK 7678... tem certeza?!

Absoluta não tenho, pois, peguei em um site de noticias....mas em todo caso....vamos observar
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