As autoridades e o AGM-45

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21_Sokol1
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Re: As autoridades e o AGM-45

Post by 21_Sokol1 »

Um bom "textículo" sobre o assunto:
http://www.britains-smallwars.com/Falkl ... zVous.html
Algumas coisas curiosas deste texto.

Tão logo o Ninrod repassou a emergencia do Vulcan para Ascensão/Inglaterra, a diplomacia inglesa arranjou para que um americano fizesse a comunicação entre o controle de trafego aereo do Brasil e o Vulcan... :P

O comandante do Vulcan teria optado em pousar no aeroporto cível do RJ - e não numa base militar - pois assim o fato seria presencidado pode milhares de pessoas- incluindo possiveis turistas ingleses - para não correr o risco de "sofrer um acidente no pouso e desaparecer" - afinal aqui ainda era governo militar...

A interceptação dos F-5 ao Vulcan teria falhado: o controle enviou os mesmos para a posição de onde foi transmitido o Mayday do Vulcan e não para sua rota estimada, logo quando chegaram lá só havia um "ceu de brigadeiro". Se deram pelo erro e inverteram a rota mas o Vulcan já estava bem adiantado.

Quando finalmente "alcançaram" o Vulcan este já tinha pousado, então sobrevoaram o local para aparecer bem na fita. :)

OBs. As versões correntes nos Blog " militares" locais é que o Vulcan teria sido interceptado e escoltado para o RJ.

O AGM-45 Shike teria sido identificado pelas autoridades tupiniquim como um Sidewinder. :P

http://www.users.zetnet.co.uk/mongsoft/ ... razil4.jpg
que foi disparado contra os argentinos mas não sai do cabide
Me corrigindo (afinal li sobre a tal revista a uns 25 anos): o Shrike não foi disparado contra "los hermanos" e sim para descarte, um funcionou OK e o outro ficou preso no cabide - armado.

Sokol1
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44_Santo
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Re: As autoridades e o AGM-45

Post by 44_Santo »

Esse Shrike não é aquele míssil anti-radar que os hermanos simplesmente desligavam o radar e o bichinho se perdia? :D



santo.
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Re: As autoridades e o AGM-45

Post by Redsoldier »

44_Santo wrote:Esse Shrike não é aquele míssil anti-radar que os hermanos simplesmente desligavam o radar e o bichinho se perdia? :D



santo.
É esse... Primeira geração de mísseis anti-radar, como não gravava a direção da última emissão recebida simplesmente perdia totalmente a direção ou ia à fonte de radar mais próxima.

Já na guerra do Vietnam os operadores de Dvina tinham de realizar praticamente todo engajamento com os radares desligados... Como o Shrike não pode engajar radares com onda métrica, os vietnamitas colocavam manualmente a altitude das formações, que recebiam dos Height Finders, e travavam na direção e elevação dos ECM dos B-52, já que no início das hostilidades os pilotos passavam toda sua estadia no território norte-vietnamita com os mesmos ligados.
O efeito "light pole" era exatamente quando a altitude informada estava incorreta, daí o míssel passava direto pelas formações...


Só mais tarde, quando os pilotos foram orientados (corretamente) a permanecerem com o ECM desligado até serem adquiridos pelos radares inimigos é que a luta "operador de bateria vs pilotos" se tornou um verdadeiro jogo de gato e rato. Nos balcãs os operadores Sérvios nunca ligavam seus radares por mais de 5s.
21_Sokol1 wrote: O sul africanos fizeram um bom uso da versão local do MB-326 (o tal Xavante), o Impala Mk IIs. Nos conflitos contra Moçambique/Cubanos alem de um bom histórico de ataques ao solo, voando tipicamente a 15 metros de altitude, os Impalas colecionaram 6 "air kill": quatro helicopteros Mi-24 (Hind) e dois Mi-7 - possivelmente pilotados por soviéticos.

Sokol1
Mas porque soviéticos? Os cubanos não contribuíram com uma força de helicopteros de transporte?
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44_Santo
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Re: As autoridades e o AGM-45

Post by 44_Santo »

Antes de desenvolverem os mísseis Fire and Forget, ele desenvolveram os mísseis Forget after Fire. :P :D



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Re: As autoridades e o AGM-45

Post by 42_Hildebrand »

S!
21_Sokol1 wrote: Depende, no cenário das Flaklands o Pucara - uma aeronave nascida COIN - tinha mais utilidade pois podia operar de pistas improvisadas, alem de transportar maior carga bélica.
Como tanto o AT-26 como o Pucara teriam que operar a baixa altitude para ter um minimo de chance de sobreviência, a maior velocidade do AT-26 é secundário.

O sul africanos fizeram um bom uso da versão local do MB-326 (o tal Xavante), o Impala Mk IIs. Nos conflitos contra Moçambique/Cubanos alem de um bom histórico de ataques ao solo, voando tipicamente a 15 metros de altitude, os Impalas colecionaram 6 "air kill": quatro helicopteros Mi-24 (Hind) e dois Mi-7 - possivelmente pilotados por soviéticos.
Como vc mesmo disse ele teve um bom desempenho a baixas altitudes. E a maior velocidade, a meu ver, seria uma vantagem nada secundária sobre o Pucará. Porém, o fato dele poder operar em qualquer pista é um ponto forte, não se pode negar.

SP!
O "Aerolula" da Argentina é um EMBRAER Lineage 1000! Eita!!!
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Re: As autoridades e o AGM-45

Post by 21_Sokol1 »

E a maior velocidade, a meu ver, seria uma vantagem nada secundária sobre o Pucará.
Uns 150/200KMH lhes daria vantagem realística para fugir de um SAM, AAA ou um sidewinder?

Quando se configurou a crise das Malvinas/Falkands após a invasão argentina - e antes da chegada dos ingles - eu e um então colega de trabalho discutiamos sobre o possível desenrolar da guerra aérea.

Ele com seu ufanismo latino americano apostava nos Mirages/Dager argentinos, defendendo o fato deles terem maior velocidade . Eu - que torcia para ver o governo ditatorial/militar/torturador argentino tomar um pé na bunda - apostava na manobrabilidade, armamento mais moderno (Sidewinder x Matras) e treinamento superior dos ingleses (padrão OTAN). Nem precisa lembrar quem pagou a cerveja. :) Eventualmente, na mão de um piloto ingles a maior velocidade dos Mirages/Dager até poderia não ter sido secundária...

Caso dos MB-326 (Impala) da Africa do Sul em Moçambique, de que adiantaria voarem alto, num céu patrulhado por Mig-17 e Mig 21 - sem falar de AAA, Manpads?

Foi usado com sucesso no papel de ataque ao solo - voando colado ao solo - e oportunamente "jantou" alguns helicopteros de combate e transporte.

Sokol1
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Re: As autoridades e o AGM-45

Post by 44_Santo »

Essa evidência é tão marcante que os P-47, que voavam numa época onde não haviam mísseis, atingiam a velocidade máxima de quase o dobro dos T-27 e uns 100km/h mais rápidos que os Super Tucanos atuais e muito mais modernos.
Claro, claro, são aeronaves com funções diferentes e blá, blá, blá :P , mas convenhamos são 40 e 60 anos de diferença tecnológica. ;)
Depois que inventaram os CI's e mísseis FF, velocidade já não seria mais como antigamente. :)
21_Sokol1 wrote:Nem precisa lembrar quem pagou a cerveja.
Naquela época eu estava no "Infantil 2". :D



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