Galera, uma coisa me deixou preocupado ao final
deste campeonato. Não a situação ou a atuação do
meu time ou dos times do meu estado natal, mas
a intolerância/selvageria das torcidas organizadas.
Quando isso vai acabar?
A qui, em São Paulo, torcedores cercaram o Palestra
com intenção de protestar destruindo. E para quem
não sabe, no estádio do Palmeiras funciona um clube
social que é assiduamente frequentado por crianças,
idosos, famílias...
Em Curitiba, nem se fala...
Posso ser muito ingênuo, mas acho que o futebol deveria
ser um evento familiar. Uma ocasião onde pais e filhos
integrados pudessem nivelar diferenças ou promover a
interação que não é possível no dia a dia...
Alguém já viu a organizada do São Palo FC chegar ao
estádio do Morumbi? Eles chegam batendo no peito,
fechando toda a avenida, como a tropa de choque, e
vão dando porrada em quem está com a camisa de
outro time. Eu já vi.
O que leva um grupo a brigar, guerrear, matar por
um time que não está nem aí com ele? E quando essa
massa se vira contra os integrantes do time? Pois é...
Nem o time gosta disso...
Penso nas torcidas organizadas como grupos de sujeitos
com alto grau de complexo de inferioridade, de carência
afetiva e de desarranjo social.
Por que o marginal que argumenta praticar crimes para
sustento da família é mais hostilizado que um delinquente
que pratica barbáries parecidas em defesa de um time de
futebol?
Parecidas, sim. E isto porque o bem atacado, na maioria
dos casos nunca mais retorna à vítima. Porque é destruído,
porque é morto... Por aí vai.
Dêem-me a espada. Devolverei cabeças!
