Dois importantes nomes do funk carioca estão confiantes na revogação da lei que proíbe eventos como raves e bailes funk nas comunidades. O assunto vai à votação no plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) no início da noite desta terça-feira (1). A lei é de autoria do deputado cassado Álvaro Lins, ex-chefe de polícia no governo de Rosinha Garotinho.
Dentro das comunidades, há moradores que se opõem aos bailes por causa do ruído e das ocorrências policiais.
Para Rômulo Costa, fundador da Furacão 2000 (porcaria 2000), uma das principais equipes de som do Rio, a manutenção da lei será uma "verdadeira zebra".
"Prefiro nem pensar nessa possibilidade, não faria o menor sentido. O funk é o ritmo da cidade, dos morros, está mais para cultura e educação do que para assunto de polícia, que já tem muito o que fazer nessa cidade”, disse.
Ainda segundo Rômulo Costa, 300 funcionários da Furacão 2000 serão liberados após as 15h desta terça, para que possam assistir a votação na Alerj.
Funk não precisa de político, diz Marlboro (Sim é ele mesmo, o pedófilo)
DJ Marlboro também se diz otimista quanto à revogação e reclama do tratamento dado pelos políticos ao funk. "Todo mundo acha essa lei ridícula e absurda. O funk pertence à massa, à população", disse Marlboro.
O DJ também alerta para o fato de que, com a manutenção da lei, o funk se tranforme em instrumento nas mãos de políticos. "Esse é o meu maior medo. O ritmo sempre foi muito espontâneo, nunca precisou de política pra nada. Espero que continue assim", concluiu.
O funk e a pedagogia
Um outro projeto, cujo objetivo é incluir o funk nas escolas e comunidades, e mostrar que "o movimento pode ser um instrumento de comunicação entre as pessoas, também será votado na mesma ocasião.
O deputado Marcelo Freixo (PSol), autor do projeto junto com deputado Wagner Montes (PDT), acredita que o poder público precisa ver o funk como manifestação cultural.
“Estamos debatendo o assunto há quase um ano. Não podemos ignorar a existência do funk, precisamos legitimar o que está nas ruas e o que o carioca gosta”, disse.
Marlboro (pedófilo) e Freixo dizem que não faltam ideias caso a lei seja aprovada. Pelo projeto em votação, todas as iniciativas terão que passar pela Secretaria de Cultura e de Educação, mas, se depender de Marlboro, os projetos serão úteis para muitas
“Tenho muitas ideias. Se o funk for levado para as escolas as crianças serão incentivadas a produzir um material rico. Por exemplo, os alunos poderiam criar um funk em vez escrever uma redação. Eles iriam pesquisar sobre o tema, e depois colocar tudo no papel”
“O funk é um baita instrumento pedagógico. Esse gênero vai ajudar a juventude a gostar de estudar”, disse o deputado Freixo.
Susto 2
Deputados revogam lei que proibia baile funk em comunidades
Votação ocorreu na tarde desta terça-feira (1º).
Também foi aprovada lei que define o funk como movimento cultural.
Deputados estaduais do Rio votaram, no início da noite desta terça-feira (1º), a favor da revogação da lei que impõe normas para a realização de eventos como raves e bailes funk em comunidades do Rio. Na mesma sessão, os deputados também aprovaram o projeto de lei que define o funk como movimento cultural.
A lei revogada nesta terça era de autoria do deputado cassado Álvaro Lins, ex-chefe de polícia no governo de Rosinha Garotinho, e foi aprovada no dia 27 de maio de 2008.
O projeto de lei aprovado será encaminhado para a sanção do governador Sérgio Cabral. Segundo a assessoria da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), a nova lei assegura a realização de manifestações próprias relacionadas ao funk e diz que os assuntos relativos ao estilo sejam, prioritariamente, da competência de secretarias ou outros órgãos ligados à cultura.
Protesto
Centenas de funkeiros e admiradores do ritmo carioca ficaram reunidos em frente Alerj, com carro de som, aguardando a votação dos deputados estaduais.
Grandes nomes não só do funk, mas também do samba, estavam presentes nas escadarias da Alerj: Neguinho da Beija-Flor e Ivo Meirelles, que levou a bateria da Mangueira para o encontro. DJ Malboro e Rômulo Costa (fundador da Furacão 2000) comandam o movimento, enquanto MC Leonardo (presidente da Associação de Profissionais e Amigos do Funk) e MC Júnior animam mais de 200 pessoas que se aglomeraram em frente à Alerj.
DESESPERO!
Deputados e funkeiros dançam funk após revogação de lei que proibia bailes
Para Mc Leonardo, esta terça (1º) foi o principal dia da história do funk.
Também foi aprovada lei que define o funk como movimento cultural.
Carolina Lauriano Do G1, no Rio
Após revogarem, nesta terça (1º), a lei que proibia raves e bailes funk no Rio de Janeiro, deputados e o público presente na sessão comemoraram a decisão cantando e dançando o funk "Rap da Felicidade".
Nesta mesma noite, os deputados também aprovaram o projeto de lei que define o funk como movimento cultural. O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que é um dos autores do projeto, encerrou a sessão convidando os deputados para o baile funk que acontece nesta noite, no Circo Voador, na Lapa, no Centro. O evento será gratuito.
"Vou estar presente de terno, fazer o que?", disse Freixo.
Freixo disse, ao votar, que considera impossível "repactuar o Rio e dialogar com os jovens sem o funk".
"O Rio de Janeiro se identifica com o batidão. Não só o Rio, mas todo o Brasil, esse projeto vai virar nacional", disse o deputado, se referindo à nova lei que assegura a realização de manifestações próprias relacionadas ao funk e que estabelece ser da competência de secretarias ou outros órgãos ligados à cultura os assuntos relativos ao estilo.
Para Mc Leonardo, presidente da Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (ApaFunk), esta terça foi o principal dia da história do funk, que já tem 40 anos:
"Agora vamos pedir que o dia 1º de setembro seja o Dia Nacional do Funk, que hoje foi apadrinhado pelo seu pai maior, que é o Estado", disse ele, afirmando que o pedido será feito já nesta quarta-feira (2).
Admirador ilustre do funk
O sambista Neguinho da Beija-Flor esteve presente na votação para prestigiar o ritmo carioca:
"O samba também foi marginalizado no início, o sambista era preso por vadiagem. E hoje é o maior espetáculo do Brasil. Meus filhos são funkeiros e eu vim para prestigiar. Se o funk tivesse surgido no asfalto, não sofreria discriminação", afirmou o intérprete. "E eu vou gravar um funk em homenagem a esse movimento", revelou.
Além de Neguinho, também estavam no plenário DJ Malboro, Ivo Meirelles, que levou a bateria da Mangueira para, Rômulo Costa (fundador da Furacão 2000) e Mc Júnior.
Centenas de funkeiros e admiradores do ritmo carioca ficaram reunidos em frente Alerj, com carro de som, aguardando a votação dos deputados estaduais.
A lei revogada era de autoria do deputado cassado Álvaro Lins, ex-chefe de polícia no governo de Rosinha Garotinho, e foi aprovada no dia 27 de maio de 2008.
fonte: g1.globo.com
Preciso dizer que eu e minha esposa (que é professora) AMAMOS esta decisão? Será LINDO, ensinar nossas filhas de 9 anos, á quando frequentarem um baile FUNQUE, se elas forem sem "calcinha", ganharão uma caipirinha grátis?
E nem vou entrar no assunto do "Ensino Religioso" de volta ás escolas em 2010!