Redsoldier wrote:A imagem que o Islã está tomando, num geral, pode ser negativa à religião em si, aos seus fieis e às nações que aderiram a essa fé....
Uma questão de reforma institucional religiosa, acredito.
Nesse adicionaria um fator, talvez o maior de todos, que se chama: "bola da vez". Alguém na História sempre tem que posar como inimigo, principalmente do mundo ocidental.
O Islã já desempenhou esse papel, ficou esquecido, chegou a ser chamado de aliado (Guerra Fria) e hoje novamente graças a política e propaganda americana é visto como inimigo. Sempre por razões políticas ou estratégicas camufladas por fatores de crença. As Cruzadas, por exemplo, tinham objetivos mais importantes do que a fé, porém é mais fácil convencer as pessoas a lutarem pela fé do que pelos benefícios territoriais e econômicos.
Em nossa era "moderna" as nações que hoje são apontadas como inimigas, até pouco tempo (coisa de 50 anos mais ou menos) eram amigas. Até o Rambo, herói americano, teve simpatia pela causa Talibã e ajudou os caras contra os russos...
O que hoje testemunhamos na primavera árabe é uma mudança de lógica de dominação sobre o povo do Oriente Médio e norte da África pelo ocidente. Os mesmos caras que os EUA hoje estão matando, foram seus ex-funcionários. Os atuais regimes totalitários que estão na mira, foram ferramentas americanas impostas principalmente durante a Guerra Fria. Igualmente no Brasil com os regimes militares. E isso não é de hoje, vem de antes da 1ªWW onde os ingleses (com participações de França, Bélgica, Itália, etc.) dominavam toda a região. São os principais responsáveis pela divisão territorial dos países como conhecemos hoje.
E falando sobre idade das sociedades religiosas, o que o Red Soldier disse sobre o judaísmo está corretíssimo, com o tempo vem a experiência e malandragem. Confundindo com a história da humanidade, há tempos eles possuem pessoas estrategicamente colocadas na sociedade lutando pelos interesses.
Quando o Islã surgiu, causou um certo temor no ocidente pelo poder de conversão da religião, por ter pego uma região carente de unificação. O oriente médio era politeísta e cada tribo tinha a sua crença. No momento que esses povos foram se unindo, ganhando terreno e expandindo isso preocupou muito o ocidente que tinha sua perninha estratégica justo na área ao lado, na Palestina. O tamanho do Império Islâmico, em seu auge já foi desde o sul da Europa (Portugal e Espanha), pegando o norte e centro do continente africano, indo ao leste Europeu (repúblicas da ex-URSS), interior da China e extremo oriente (Indonésia, etc). Com esse tamanho, é lógico que muito da religião se fundiu e confundiu com tradições locais, por isso a diversidade e diferença entre países islâmicos.
Acredito que a religião deve passar sim por uma reforma, eu diria até uma redescoberta, pois hoje já não se segue mais os princípios originais.
Abraços.
[b]Dá Raduquem Riu! Dá Raduquem Riu! Da Raduuuuuquem Riu! Filho da P#$@! Aêêêê... [/b]