O piloto de Hitler

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28_Condor
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O piloto de Hitler

Post by 28_Condor »

S!

Não li, mas parece muito interessante, por isso recomendo aqui:

http://www1.folha.uol.com.br/livrariada ... apso.shtml

O preço também é muito bom pra um catatau de 400 pgs: R$ 33,90 (preço promocional, por tempo limitado).

Geralmente biografias de bastidores dão ótimos retratos de seu tempo. O livro traz umas coisas que a gente não imagina em Hitler, como a vulnerabilidade física:
Com dores no estômago e preocupações psicológicas com relação à doenças, Adolf Hitler (1889-1945) chegou a tomar cerca de 150 comprimidos por semana. Sua estada em Wolfsschanze foi marcada por diarreias e um ataque nervoso diagnosticado posteriormente como sintoma de uma esclerose coronária de evolução rápida (veja abaixo).

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Göcking
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Re: O piloto de Hitler

Post by Göcking »

Valeu pela dica Condor,

Comprei o livro, chegou hoje.

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28_Condor
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Re: O piloto de Hitler

Post by 28_Condor »

S!

Ainda não comprei. Depois conta o que está achando ;)





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Göcking
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Re: O piloto de Hitler

Post by Göcking »

Por enquanto só dei uma olhada rápida nas fotos.

São poucas e todas em preto em branco, apenas uma me chamou a atenção e por coincidência é uma de um Focke-Wulf Condor uma bela aeronave por sinal. Era usado como reserva e acompanhamento para Hitler, foi destruída em 23 de dezembro de 1941, num acidente de aterrissagem em orel, Rússia.

Assim que iniciar a leitura colocarei aqui os fatos que considerar interessante.


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Re: O piloto de Hitler

Post by Göcking »

Condor,

Iniciei a leitura do livro estou no capitulo 6 de 12. Estou gostando é bem escrito e com várias citações importantes, porém, estes seis primeiros capítulos falam mais de Hitler e da Alemanha no pós 1ª grande guerra, do que de Hans Baur na verdade (por isso pra quem já leu ou conhece bem esse período da história alemã, até aqui não recomendo, espero que a partir do próximo capítulo com o início da guerra sejam descritos fatos mais interessantes).

O fato mais relevante pra mim até agora foi o bombardeio de Guernica no dia 26 de abril de 1937. Que é citado através de uma entrevista concedida ao Dr. Hardesty do National Air and Space Museum em Washington D.C. em 1984, pelo Major Brigadeiro do Ar (aposentado) Adolf Galland que participou da campanha Alemã na guerra civil Espanhola.
“Os bombardeiros fizeram um ataque tático sobre Guernica, como parte de uma ofensiva nacionalista contra o exército republicano. O Objetivo era destruir uma ponte sobre o rio localizado a leste de Guernica. Destruindo a ponte, os nacionalistas esperavam bloquear ou atrasar a retirada dos republicanos, enquanto eles evacuavam Guernica.
A primeira vaga de bombardeiros errou a ponte. As bombas caíram perto da ponte. À medida que chegando, as sucessivas vagas de bombardeiros jogaram as bombas sobre as colunas de fumaça e escombros. Resultou daí um tapete de bombas, à medida que cada vaga jogava suas bombas.
Guernica foi bombardeada como resultado. A cidade basca não era o alvo principal, mas foi vítima de um ataque aéreo mal executado. (lembre se de que naquela época as miras eram precárias). Isso foi lamento por membros da Legião Condor.”


Com esse ataque, relatos sensacionalistas em conjunto com especulações, geraram medo e apreensão ne Europa. Devida a forma exagerada que o poder da Luftwaffe foi disseminado. Isso ajudou a Hitler a blefar nos acordos diplomáticos em Munique. A força das bombas da temida Luftwaffe teve um efeito psicológico muito mais profundo sobre os lideres e os cidadãos da nações vizinhas à Alemanha.

Bom, essa foi a desculpa. Agora veja como é relatado o fato pelo site Deustch Welle , que é uma empresa internacional de comunicação da Alemanha de direito público, financiada por recursos federais provenientes do pagamento de impostos. (Pra quem se interessa por assuntos em geral sobre a Alemanha fica a dica, um excelente portal. Tem até cursos de alemão gratuitos (http://www.dw-world.de/dw/0,,607,00.html)).
Calendário Histórico | 26.04.2011
1937: Guernica é bombardeada

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Guernica em 1937

No dia 26 de abril de 1937 os bombardeiros da Legião Condor reduziram a cinzas a cidade basca de Guernica. O ataque aéreo, que durou apenas três horas, custou a vida de 1.645 pessoas.

26 de abril de 1937 foi uma segunda-feira. A cidade de Guernica, no norte da Espanha, estava cheia de vida: até então ela permanecera praticamente intocada pela Guerra Civil Espanhola, que grassava desde o ano anterior. Entretidos em seus afazeres, os 5 mil habitantes entravam e saíam de suas casas, feitas de estruturas e galerias em madeira e cobertas de telhas.

No fim da tarde, começaram os bombardeios aéreos isolados. Por volta das 6h30, veio o ataque principal dos aviões alemães, em ondas sucessivas. Segundo um diário de guerra da época, a esta altura a fumaça já era tanta que não se distinguiam mais os alvos – casas, pontes ou arrabaldes – e os pilotos dos 50 bombardeiros da Legião Condor atiravam sua carga mortal indistintamente.

Calcula-se que, ao todo, 22 toneladas de explosivos foram lançados sobre aquela cidade do País Basco, entre pequenas bombas incendiárias e bombas de 250 quilos. A rede de canalização d'água foi rapidamente destruída, e assim o fogo teve todo o tempo para alastrar-se e consumir Guernica. O diário de guerra conclui: "O tipo de construção das casas fez com que a destruição fosse total. Ainda se veem os buracos das bombas na rua. Simplesmente fantástico."

Estratégia de Göring

Trezentas pessoas morreram imediatamente, milhares ficaram feridas, até porque os aviões deram caça aos fugitivos. Três quartos dos prédios foram arrasados em menos de três horas. Com o fracasso da tomada da capital Madri, a cidadezinha entrara na mira dos fascistas liderados por Francisco Franco.

O futuro ditador contava com o apoio da Alemanha e da Itália. A política do nazista Hermann Göring era utilizar a Guerra Civil Espanhola como campo de testes para os pilotos e as máquinas de sua nova Luftwaffe (Força Aérea).
Logo os agressores divulgaram as mais estapafúrdias versões do bombardeio infernal em Guernica. Entre outras, que só pretendiam explodir uma ponte, para cortar o caminho das tropas inimigas. Mais tarde, Franco fez até mesmo espalhar o boato de que a própria cidade basca haveria se bombardeado.

Guernica transformou-se em símbolo. O ataque da Legião Condor foi o primeiro bombardeio aéreo maciço contra a população indefesa de toda uma cidade na história européia. A partir daí, o terror contra civis tornou-se um princípio, passando a integrar a moderna maquinaria de guerra.
O pintor espanhol Pablo Picasso captou esse horror em seu quadro antibélico Guernica, realizado logo após o massacre. Conta-se que um oficial da SS lhe perguntou, apontando para a pintura "Foi o senhor que fez isso?". Picasso respondeu: "Não, o senhor".

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Detalhe de "Guernica", de Pablo Picasso.

Potencial destrutivo do século 20

Detalhe de 'Guernica', de Pablo PicassoO crítico de arte Robert Rosenblum analisa a obra: "Ela equivale a uma imagem do fim do mundo, sobretudo do mundo moderno, como o conhecemos. Um clarão ofuscante de chamas, em seguida a sensação do caos definitivo. Mulheres e crianças gritando, um touro, um cavalo, uma visão de choque e trauma que representa todo o nosso pavor à beira do abismo. Assim é o quadro Guernica: da forma mais impressionante e poderosa, ele anuncia a mensagem da guerra, do potencial destrutivo do século 20".

Sessenta anos mais tarde, o então presidente da Alemanha, Roman Herzog, pediu perdão aos habitantes da cidade: "Quero assumir a responsabilidade pelo passado e reconhecer expressamente o envolvimento culposo dos pilotos alemães. Eu pranteio com vocês os mortos e feridos. Aos que ainda carregam consigo as feridas do passado, estendo minha mão num pedido de reconciliação".
Dois anos mais tarde, o governo democrata-cristão de Helmut Kohl doaria 3 milhões de marcos à cidade que os soldados alemães tinham reduzido a cinzas. O dinheiro foi empregado na construção de um novo centro de esportes.

Gerda Gericke
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